Hoje faz exatamente um mês que eu postei sobre minha decisão de não comer mais carne nem tomar mais leite de vaca. Querem saber como as coisas estão indo?
Digamos que a vaca foi pro brejo….
As duas primeiras semanas até que não foram tão ruins; já as duas últimas… três dias seguidos com bife na mesa, em uma semana. Ontem e anteontem, carne moída no jantar.
As dificuldades foram maiores do que imaginei. A lista delas, por ordem de importância:
1) Muita coisa rolando: não é desculpa, de verdade, mas acho que escolhi o momento errado para a transição.
Dois blogs para cuidar (este e o da Associação de Turismo de Toronto), mídias sociais para os dois e os da nossa oficina, prazo chegando para imposto de renda corporativo e pessoal, tentando ir para o Brasil (esqueci de renovar o passaporte da minha filha, tive que mudar todos os meus planos!), além da casa e da Alicia.
Ufa…quando chega o fim do dia e eu tenho que pensar no que fazer para o jantar, dá até vontade chorar. “Como assim? Já é noite? Para onde foi o dia?” Daí, só quero fazer coisas rápidas e com risco zero de desastre ou desaprovação. Dá-lhe bife e carne moída..
2) Paladar seleto
Eu gosto de poucas verduras e legumes; minha família, menos ainda. Aliás, a Alicia come mais legumes do que eu, e prefere tudo cru: brócolis, cenoura, tomate, couve-flor. Manda ver. Já cozido….quase nada, nem batata, acredita? Agora, põe um sorvete na frente dela, pra ver!
Semana passada, tentei fazê-la experimentar abobrinha assada e ela quase vomitou na mesa. Beringela à milanesa ela nem chega perto e meu marido, enjoou. Great…
3) Medo de tentar receitas novas e não agradarem
Eu só cozinho à noite e a pressão é grande: marido que chega com fome, do trabalho, e filha cansada, da creche. Não há muito tempo para firulas.
4) Dificuldade de adaptar as receitas que levam carne e leite. Ou seja, sou um fiasco no quesito criativadade na cozinha.
Sobre o leite, eu comprei algumas marcas à base de plantas, até muito saborosos para serem tomados puros. A coisa complica quando misturados no café ou no cereal. Ainda não encontrei nenhum que não dê aquele gosto final de giz na boca.
Aqui não é comum usar leite no café de todo dia. Compramos uma mistura de leite com creme, chamada de cream, mais grossinha e adocicada. É vendida em várias versões, de acordo com a porcentagem de creme. Em casa, usamos a versão Half & Half, metade leite, metade creme. E o negócio é bom, viu?
Mas nem tudo está perdido, vamos ver o lado bom da coisa (e sempre há um, é só procurar direitinho): continuo não comendo peixe e reduzi em 90% o consumo de frango. E estou consciente das dificuldades da transição, mas não desisti. Só acho que o momento não é apropriado.
Mês que vem eu volto no assunto, espero que com novidades melhores.
Alguma sugestão para uma transição com mais sucesso…?