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Viajando para NY com crianças – Dos e Don’ts

Mamadeira com vista panorâmica da 6ª Avenida!

O post sobre nossa viagem para NYC deu o que falar, com muita gente me perguntando sobre nosso itinerário, o que eu sugeriria e o que eu não gostei. Então, como eu prometi, este é sobre os “Dos e Don’ts” (“Faça” e “Não Faça”) quando viajar para Nova Iorque com criança a tiracolo.

“DOS” 

1) Eletrônicos. Não sei como você é com a questão de eletrônicos para crianças nesta idade. Eu deixo a Alicia mexer no meu telefone e no iPad, sem problemas, mas ela só tira fotos e brinca com os joguinhos que eu baixo. Aliás, ela a-ma tirar fotos com o meu celular (por que será, hein?). Tanto que, quando eu troquei de celular, deixei o velho com ela, que ela carrega para tudo quanto é lado.

Portanto, esta é a dica: quando for viajar, tenha sempre um destes aparelhos só para a criança, para não dar briga entre vocês! No táxi, ela ficou quietinha, ora maravilhada, tirando foto de tudo, ora brincando com os joguinhos dela.

Fazer o quê com criança dentro de um táxi por mais de uma hora, debaixo de chuva e no trânsito caótico de Nova Iorque?
Tirando foto com meu celular, com pouco mais de dois aninhos

2) Deixe a coisa acontecer e preste atenção no que a criança está curtindo naquele momento. Como eu comento abaixo, a Alicia gostou mais de andar de táxi do que brincar no parquinho do Central Park. Talvez por morar em Toronto e ter parquinhos parecidos por aqui, sabe lá. Mas ela curtiu coisas que eu nem poderia imaginar que seriam divertidas para uma criança; ficava gritando na 5ª Avenida: “Eu quero andar de táxi! Eu quero andar de táxi!” Hilário!

Eu me frustrei por não ter tido a oportunidade de ver o carrossel vintage do Central Park e o do Brooklin Bridge Park. Mas aí é que está: quem se frustrou fui eu, ela mesma nem sabe que a coisa existe, se divertiu com o que viu.

4) Leve comidinhas que seu filho goste, de casa. A Alicia é bem seleta para comer e eu não sabia se encontraria as marcas que ela gosta, em Nova Iorque. Apesar de ser tão perto de Toronto, tem coisas que a gente só encontra aqui ou lá.

Nem pensei duas vezes: levei o leite de amêndoas que ela toma na mamadeira, o cereal que ela gosta, pão, cenourinhas (daquelas baby), iogurte. Tudo selado, no pacote, sem abrir, lógico. Ok, vou confessar, vocês vão me chamar de doida, mas vai: também levei arroz pronto, cozido…Puro medo de mãe que já passou perrengues homéricos de a filha não comer nada em outras viagens.

O arroz, sim, foi doideira, mas o resto, foi pura serventia: me salvou de manhã, no café, e à tarde, durante nossas andanças.

Peça um quarto com frigobar. Para esquentar a mamadeira dela, eles me arranjaram uma chaleira elétrica, excelente. Esquentava o leite em segundos.

Sai vodca, entra leite para mamadeira. Sai energético, entra iogurte. Frigobar e armário do hotel devidamente estocados para acomodar minha pequena!

5) Leve seu carrinho de bebê, mesmo que ele já esteja um tanto pequeno para seu bebezão, como o meu! Seria inimaginável perambular por Nova Iorque com a Alicia, como fizemos, se não fosse o nosso carrinho! Nós já o havíamos aposentado e ela, há tempos, não dormia mais nele. Pois desta vez, conseguiu (bênção). Foi durante nossa caminhada do Central Park até o Rockefeller Center, pela 5ª Avenida. Conseguimos parar, tirar fotos, fazer umas compritchas na descolada Anthropologie, e ela acordou pronta para deitar e rolar na loja LEGO. Tarde perfeita, graças a este acessório.

Abençoado carrinho de bebê,nos proporcionou sagrados momentos de tranquilidade!

6) Leve remédios básicos, mesmo sabendo que poderá encontrá-los por lá, porque a gente nunca sabe quando vai precisar. Inclua um antitérmico (lacrado), protetor labial e lencinhos de papel, na lista. E filtro solar também, se estiver viajando no verão.

A Alicia começou com uma coriza e até perdeu a voz, no final da viagem, acho que por causa do ar-condicionado do avião e do hotel. Esta foi a primeira vez que não levei nada, e me arrependi. Um spray de própolis teria nos servido bem.

DON’TS

1) De cara, algo que não indico ao viajar com criança pequena: pegar voos muito cedo. Como voamos com milhagens, o único que conseguimos saía de Toronto às 6h30 da manhã o que, para adultos, seria o voo dos sonhos: chegar em Nova Iorque por volta das 8 da manhã e ter o dia todo para aproveitar a cidade? Fantástico, certo?

Errado.

Tivemos que chegar no aeroporto duas horas antes de embarcar, ou seja, acordamos a Alicia de madrugada. Nós também estávamos exaustos porque, claro, ficamos acordados até tarde arrumando malas, os últimos preparativos.

Pegamos (muita) turbulência, o que assustou a todos. A Alicia enjoou e vomitou (aquele saquinho que eles deixam no assento do banco foi uma bênção, funcionou direitinho).

Ainda bem que o voo foi curto, coisa de uma hora e pouco mas, por chegarmos em Nova Iorque tão cedo, enfrentamos o temido trânsito caótico da cidade. Levamos uma hora do aeroporto La Guardia até o hotel, na área do Central Park. E estava chovendo, para melhorar a situação.

Com a corda toda às 5 e pouco da manhã!

Sim, chegamos cedo, deu até para almoçar com nossa amiga, que estava por lá também, e para conhecer o hotel, mas foi só. Depois disso, a única coisa que queríamos conhecer era a cama do quarto! Capotamos a tarde inteira e só conseguimos pegar uma pizza, à noite, próximo do hotel.

No final, teria sido melhor se tivéssemos chegado um pouco mais tarde: não enfrentaríamos o trânsito da manhã, curtiríamos o restante do dia, começo da noite e dormiríamos cedo.

2) Não tenha grandes expectativas para a viagem. Como eu disse no post anterior, eu havia feito vários itinerários, recheados de coisas que queríamos ver, incluindo nossas vontades e o que achamos que seria interessante para a Alicia. No final, não fizemos nem 10% do planejado e a Alicia nos surpreendeu com o que acabou gostando e o que não deu nem trela.

De volta à Toronto, ela me perguntou sobre o que eu mais gostei na viagem e eu respondi: “O hotel e o Chelsea Market”, o que ela revidou: “Só uma coisa, mamãe”. “Ah, ok, sorry“. Então, fiquei com o hotel. Já ela gostou…de andar de táxi! Não mencionou o cheesecake que comemos no Junior’s, nem dos parquinhos que foi no Central Park, nem da loja LEGO, nem na loja dos chocolates M&M’s, que eu sei que ela curtiu. Nada. O que ficou na memória dela, mesmo, foi a experiência de andar nos táxis amarelos de Nova Iorque (e eu não tirei foto! Buááááá!)

3) Deixar de planejar as refeições. Este foi um dos nossos grandes erros. Nova Iorque é cara e o tempo parece passar três vezes mais rápido, por lá. Parar para procurar um lugar que tenha comida saudável para uma criança, nestas condições, pode estragar o dia. Aconteceu com a gente, em quase todas as refeições.

Portanto, ao fazer seu itinerário, inclua restaurantes bons e mercados para comprar uma fruta, sucos, comidinhas saudáveis. Uma ótima opção é a rede Fresh&Co. que nossos amigos nos indicaram (tem um pertinho do 1 Hotel, onde ficamos). O lugar é maravilhoso, com muitas frutas, legumes frescos, sucos naturais. Tomamos café da manhã lá, com panquecas e omeletes, e ainda levamos frutas picadas, embaladas para viagem. Super recomendo. A rede de mercados Whole Foods também é outra boa saída.

Abundância de verduras, legumes e pratos prontos da rede Fresh&Co
Sem contar a simpatia dos funcionários, o que eu acho que é coisa comum em Nova Iorque

4) Não se prenda à rotina do seu dia a dia. Sim, criança pequena tem que tirar a sonequinha da tarde, tem hora para comer e hora para dormir, mas numa viagem dessas, o esquema tende a virar de pernas para o ar. Tudo bem. Depois você coloca os trilhos no trem, novamente. De novo, observe como a criança se comporta e segue o ritmo.

Na primeira viagem que fizemos com a Alicia para Nova Iorque, ela só tinha sete meses e uma rotina ainda mais desafiadora: fraldas, mamava muito, dormia mais, estava começando a comer sólidos. Mesmo assim, conseguimos fazer bastante coisa e “esticar” a hora de ela ir para a cama, à noite, sem prejudicar o soninho (e o humor) dela.

Tiramos esta foto já passava da meia-noite!

Hoje, com três anos e meio, ela ainda precisa dormir à tarde e vai para a cama lá pelas 9 da noite, mas não cochila nem no carro nem no carrinho. Quase não come comida de restaurante, a não ser os que ela gosta. Macarrão de restaurante? Ja-mais. Pizza? Só a do Libretto e a da Queen Marguerita, porque se parece com a do Libretto…

Já em Nova Iorque…capotou no carrinho de bebê, que já está pequeno para ela, ficou no maior bom humor batendo perna na 6ª Avenida, já passando da meia-noite; foi dormir às duas da manhã, de bico, porque queria mais farra! Bateu o maior prato de macarrão com molho de tomate que eu vi na vida, no restaurante Da Marino, nosso preferido, na Times Square. Só a pizza de Nova Iorque ela não curtiu muito, porque…não é igual a da Libretto! 😉

 

 

 

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