Gente, que emoção! Tenho uma convidada no blog! Que chique! Deixa eu apresentá-la: com vocês, Rosangela Travençolo, professora de Letras, terapeuta holística e facilitadora de Access Consciousness.
Eu conheci a Rosangela…quando mesmo? Pega a minha fichinha aí no seu consultório, Rô!
Não me lembro a data, mas sei que faz tempo. Numa das minhas idas ao Brasil, estava atravessando um momento difícil na vida e duas amigas me indicaram os serviços de terapia da Rosangela, que mora na mesma cidade que minha família, Santo André e que domina tantas técnicas que eu nem saberia listar, aqui. Aliás, ela deveria ter o título de bruxa, curandeira, Mago Merlin, sei lá, ao invés de terapeuta, de tanto conhecimento que possui.
De lá para cá, os atendimentos continuaram (à distância mesmo, via Skype) e uma amizade forte nasceu. A Rosangela foi uma das pessoas que mais me ajudaram durante a transição de “virar mãe” e ajuda até hoje. Confio deixar qualquer um dos meus dois bebês com ela: a Alicia (como já fiz) e meu blog, como faço agora. Sinta-se em casa, minha amiga. Obrigada por arranjar um tempinho na agenda!
Numa festa de aniversário, conversando com uma amiga que está grávida, ela me disse: “Eu sei que quero muito mesmo ter um filho, mas não tenho ideia do que me espera.” Eu respondi, está tudo bem, nenhuma de nós sabe o que nos espera. Todas vamos tateando aqui e ali, usando o velho método da tentativa erro-acerto e vamos “criando” nossos filhos.
O interessante mesmo é que ela disse que, apesar de não saber o que lhe espera, ela quer ter um filho.
“QUERO TER UM FILHO.”
Muitas mães que me procuram em consultório usam esta fala. Bem poucas, dizem ter o desejo de SER MÃE. Isso me faz voltar aos meus 33 anos de idade, quando finalmente depois de 7 anos de casada e inúmeras tentativas frustradas de engravidar e adotar, minha linda e indefesa Victoria chegou aos meus braços, pela adoção. Ela me completou no instante em que seus olhinhos pretos fitaram os meus. Aquele olhar penetrou tão forte minha alma que jamais tive dúvidas de ter feito a coisa certa para mim. Estava eu tatuada para sempre.
Me lembro de dizer que queria “ser mãe”, por isso, adotar uma criança nunca me perturbou, afinal, não importa como aquela criança chegaria até mim, desde que ela chegasse.
“SER MÃE”, não é o mesmo que “TER UM FILHO”. Quando você se torna “mãe” você não se importa em ficar acordada, em dar o seu melhor, em abdicar do seu tempo e passatempos favoritos em prol do pequenino ser totalmente dependente de você. Você aguenta a exaustão ao infinito e além.
Quando os filhos crescem – a minha hoje com quase 20 anos – e você vira apenas um espectador daquele ser que foi um dia “totalmente seu”, tudo está bem. Você percebe que o “seu” filho é também um ser independente, único, tendo experiências que, por vezes, vai te deixar com os cabelos em pé e branqueados. Mas, está tudo bem, porque você escolheu “ser mãe”.
SER MÃE é, antes de mais nada, entender e respeitar o ser único que o seu filho é. É entender e respeitar que o “seu filho”, na verdade, não tem nada de seu. Ele pertence ao Universo, ao mundo, do mesmo modo que você.
SER MÃE é estar disposta a perceber que nem sempre você está certa e seu filho está errado. Tudo é uma questão de ponto de vista. Lembre-se de que, só porque você está certa, não quer dizer que seu filho esteja errado. A melhor maneira de criar uma relação saudável com qualquer ser é respeitar a individualidade que o outro é.
SER MÃE, não é TER UM FILHO. Afinal, o que de fato temos?
Rosangela Travençolo é terapeuta holística, praticante de Barras e Processos Corporais de Access e professora de Letras, por formação e vocação. Paulistana, mora em Santo André e se diz uma adolescente no desejo de viver, apesar da idade cronológica de 52 anos. Divide seu tempo entre o ensino da língua inglesa e a terapia quântica, suas duas paixões, com outras duas, maiores: seus filhos, Lucca e Victoria. Consultas no Brasil e exterior: holos.terapia@hotmail.com