Primeira vez, Testamos (e Aprovamos?), Virei mãe

Os cinco melhores conselhos que recebi

COMO ACEITAR CONSELHOS

Dizem que se conselho fosse bom não era dado, mas vendido. Discordo. Acredito que tudo o que é demais enche a paciência. E o que mais a gente recebe assim que “vira mãe” é conselho. TO-DO O MUN-DO tem um (ou vários) que não pode deixar de te dar: sua mãe (óbvio), sua avó (óbvio) sua sogra (óbvio ululante), todas as enfermeiras de todos os turnos da maternidade, suas amigas, tias e irmãs que têm filhos, suas amigas, tias e irmãs que não têm filhos; seu mecânico, sua dentista; aquela colega de trabalho que sempre te ignorou, até você parir; a senhora que segurou a porta da loja para você passar com esse trambolho de carrinho de bebê que comprou porque ouviu o conselho de alguém…

Aceite, daqui para frente você será um depositário de conselhos, incluindo os deste blog, se me permite.

Admito que não é fácil ouvir tanta opinião e digerí-las bem. Não foi para mim, leonina, teimosa, boca-dura, mas a verdade é que se você retrucar ou tentar por tudo em prática vai acabar: 1) ficando doida 2) sem amigos e família 3) perdendo ótimos ensinamentos.

Aqui, os cinco conselhos que mais me ajudaram, incluindo alguns da minha própria experiência (sim, porque agora você também vai ter conselhos para chamar de seus), começando pelo melhor que já recebi:

1) Ouça-os todos, sorria agradecida e educadamente e só leve para a casa o que cale em seu coração.

2) Fralda bem colocada é aquela em que só há folga de um dedo entre ela e a barriguinha do bebê.

3) Bebê chorando e você já tentou de tudo (trocou fralda, alimentou, pegou no colo, cantou e nada)? Faça uma inspeção completa nas roupinhas dele. Pode ser um fio enroscado num dedo, uma etiqueta raspando na pele, um elástico apertado…

Parece bobeira, mas veja só: meia rente aos dedos me incomoda e com a Alicia é a mesma coisa. Então eu sempre as ajeito para que fique uma folguinha. Agora que ela já pode se expressar sobre o que a desagrada, vai ainda mais longe: aprendi que o calcanhar de suas meias devem estar per-fei-ta-men-te alinhados com o calcanhar dela. Etiqueta de roupas a deixam doida, assim como mangas 3/4 e calça pescador. Ela fica desesperada tentando abaixá-las, muito engraçado. Calças jeans? NUNCA usou.

Seguindo o conselho de que criança sente frio, costumava encher a Alicia de roupa. Não me atentei ao fato de que aqui temos um sistema de calefação poderoso, para suportar o inverno canadense. Cheguei ao cúmulo de colocá-la dentro daqueles sacos de dormir para bebê enquanto ela ainda dormia com a gente! Uma noite, ela não parava de chorar, já não sabia o que fazer. Assim que a despi para a tal da inspeção ela parou. Era calor…

4) Se esquentar a mamadeira no microondas (sei que este método de aquecimento é controverso, mas atire a primeira fralda suja quem nunca o fez), sempre agite-a depois, para que a temperatura do leite se iguale. Pode acontecer de o líquido da parte de cima esquentar mais que o do fundo e queimar a boquinha do bebê. E sempre a aqueça aberta, sem o bico de plástico.

Eu passei a esquentar o leite da Alicia no microondas depois que ela fez um aninho e ele não era mais sua principal fonte de alimentação (o leite dela é de amêndoas, por causa de uma intolerância que ela teve com leite de vaca. Depois eu conto em outro post). Até então, usei aquecedor de mamadeiras. Importante, também, é nunca aquecer leite materno no microondas, o que destrói todas suas propriedades.

5) Cante muito para o seu filho. E não só músicas para crianças; cante de tudo.

Eu sempre cantei para Alicia, desde que ela ainda estava na minha barriga (nossa música é a Just the Way You Are, do Bruno Mars) e ela parece mesmo conhecê-la: é só eu começar a cantarolar que ela me olha como quem diz: “Ah, desta eu me lembro, mamãe!”

Cantoria no carro funciona como mágica quando ela começa a ficar cansada da viagem. E no chuveiro. A Alicia sempre faz escândalo na hora de lavar os cabelos; as músicas que funcionam nessa hora são: Chove Chuva, do Jorge Ben Jor e “Flor do Reggae“, da Ivete Sangalo. Outra bárbara é a Aquarela, do Toquinho. Ela adora, pede bis e nem parece se importar com a voz de taquara rachada da mamãe!

Espero que eu tenha ajudado o tanto quanto fui ajudada por quem me deu estes conselhos, que me tiraram do perrengue muitas e muitas vezes. Se gostou, retribua o favor, repassando-os.

Tem mais algum que queira dividir?

 

Revisão de texto: Rosangela Travençolo

 

 

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