Deixa eu tirar as teias de aranha do meu blog antes de começar a escrever, espera aí….
15 dias sem um post, sério? Sensação horrível de abandono, credo…
Escrever realmente é um hábito, como ir para a academia: quando a gente começa e vai em frente, todos os dias, dá vontade fazer mais e mais e mais. Mas, é se deixar de praticar num feriadão prolongado, por exemplo, e pronto: daí para desistir e deixar para lá é um pulo.
Não é bem esse o caso que aconteceu comigo, mas, sim, também tive que parar de escrever por alguns dias e agora sinto minhas juntas enferrujando novamente.
Como eu comentei aqui antes, fui convidada para começar um outro blog no mesmo período que comecei este aqui e era um convite que não daria para recusar. Agora, a questão é saber dividir bem o tempo o que, como vocês podem perceber, não estou conseguindo.
Mas aconteceu que tivemos um infortúnio na família do meu marido, semana passada: o pai dele, já idoso, com problemas de saúde, caiu, foi hospitalizado e nossa vida virou de cabeça para baixo. A lista de prioridades deu uma invertida e a pilha de coisas que deixaram de ser feitas passou a se multiplicar como doença contagiosa.
Ontem à noite, ele foi transferido para a UTI, para ser cuidado mais de perto.
Quando o telefone toca, todos pulam. A cada visita ao hospital, todos se comunicam, dividindo e propagando as esparsas notícias: sedado, entubado, dormindo, nenhuma melhora. Sedado, entubado, dormindo, médicos otimistas. Sedado, entubado, dormindo, esperemos até amanhã. E todos vão tentando seguir suas vidas, sentindo-se sedados, entubados, dormindo, vivendo um pesadelo, cada um à sua maneira.
O que nos salva são as crianças da família: a Alicia, de três aninhos, a priminha Riley, de dois e meio e o irmãozinho dela, de nove meses. Vê-los brincando juntos, as meninas dando o pitaco delas sobre o que ouvem, a inocência das soluções oferecidas (as duas acham que devemos levar um Band-Aid para o vovô, que assim ele sara).
E eu nem vou entrar em detalhes do fato que o tombo do pai veio no dia do funeral de um tio querido meu, aí no Brasil…
Não cresçam, crianças, não cresçam. Não saberemos resolver nossos problemas sem vocês…